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16 de agosto de 2010

Piquenique de agosto no domingo mais frio do ano


A gente se esforça muito para que aconteça pelo menos um piquenique por mês. O certo seria no primeiro domingo, mas no dia um não deu. No segundo domingo era dia dos pais, e acabou ficando para o terceiro.
E estava decidido, fizesse sol ou cinza estaríamos lá na praça. O frio era de doer os ossos, mas ninguém amoleceu (ou endureceu congelado). Muito poncho, japona, casaco, chapeu, boina, touca, mantinha e cachecol. Pra aquecer o ambiente, uma fogueira improvisada sobre uma chapa de metal apoiada num tripé de ferro para vaso. Meticulosamente planejada dias antes. Não queimou o chão, não sujou nada, e ainda diminuimos a pilha de lenha acumulada na praça para a prefeitura levar - tudo virou cinzas que no final se misturaram aos pedriscos. E a praça ficou limpinha, pronta para o próximo piquenique, para a próxima turma, para muitas turmas.
Para continuar esquentando, havia ainda chá, café, vinho e cachaça de cambuci - preparada pelo Paulo Weidebach que também trouxe, preparados pela Kelly com ajuda da Clara, bombocados tentadores. E o menino Vinícius não parava de repetir o quanto gostava de piquiniques enquanto sua mãe, Alessandra, lia estorinha pras outras crianças. Chico mostrou-se um lenhador incansável e disse que foi o melhor piquenique dos nove. Rodrigo se animou com as bananas assadas pelo pai na fogueira. Crianças brincaram ainda de encontrar folhas de acordo com um mostruário de diferentes formatos. Acho que uma corda para pular também teria ajudado adultos e crianças a sentir um pouco de calor.
O vapor dos muffins quentinhos da Fabiana chegaram antes que a família. E o carrinho da Veronika veio cheio de gostosuras também recém-saídas do forno - torta salgada e rácsos linzer (não se preocupe, você vai saber o que é nos próximos capítulos). Fátima e Claudio trouxeram sanduiches de pão macio, queijo e presunto (ou peito de peru), que alegra crianças e adultos (embrulhados em charmosos saquinhos de papel manteiga). Já eu, só consegui levar pão de nozes quentinho porque acordei às 5 da matina para tossir, tossir, beber água, xarope, tossir. Então aproveitei para preparar e deixar levedando uma massa de pão enquanto eu dormia mais uma pouco. Foi só acordar, moldar, deixar crescer e assar. Neste meio tempo ainda cozinhei ovos, fiz chá de hibisco, manteiga de limão e catei umas frutas. Marcos não esqueceu do vinho.
Ah, e finalmente conhecemos o Daniel Brazil (do blog Fósforo), leitor do blog, que chegou e se abancou como velho amigo (e já é), trazendo nas mãos geleia de laranja seleta do seu quintal.

Bem, com tanta coisa boa no cenário, o frio foi só um adorno ao nosso propósito que é sempre encontrar os amigos em local público para celebrar a amizade e compartilhar comidas e ideias - amenas ou não - e o tempo de ócio. Mas uma névoa úmida nos fez arrastar toalhas para debaixo de uma pitangueira. Depois passou, o ar amornou um pouco, vieram dois raios de sol, o tempo fechou de novo, esfriou mais ainda e agora, sim, era hora de apagar a fogueira, conferir se não deixamos rabo e seguir para o aconchego do lar, debaixo de muitas cobertas, aquecendo as lembranças boas deste domingo gelado. Que trememos um pouco, trememos, mas duvido que alguém vá esquecer este dia.

Mais sobre este dia gelado, no blog do Daniel Brazil: http://danbrazil.wordpress.com/2010/08/15/um-piquenique-de-domingo/

3 comentários:

  1. Queridos todos, não conseguimos ir ontem, muito trabalho, a minha sogra tinha vindo do Rio nos visitar e estava muito frio pra ela e eu também estou com um problema no dente e tomando antibiótico. Vou usar a reservinha de felicidade de outros piqueniques pra esperar o próximo. Beijos gerais. Chus

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  2. ainda sinto o frio daquele domingo. próxima vez espero poder ficar. beijo

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  3. Meninas, sentimos a falta do piquenique, mas o domingo foi de recolhimento, para eu me recuperar de uma dor de garganta chatinha. Que pena! Também aguardamos uma próxima oportunidade de partilhar histórias e guloseimas. Beijo grande!

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