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31 de outubro de 2011

Bolo de chocolate da Priscila




O bolo fez a alegria dos que ainda estavam na praça no fim da tarde do piquenique de agosto. A Veronika encontrou a receita em um comentário feito pela Priscila e eu, Neide aqui falando, a encontrei agora lá perdida nos rascunhos. Incluí a fotos que tirei e acrescento o elogio que justifica o fato de a receita aparecer aqui, ainda que tardiamente: cheiroso, delicioso, lembrava brownie. Portanto, pode fazer do jeito que a Priscila fez que dá muito certo.  Com a palavra, a autora:

Aqui vai a receita do bolo de chocolate que todos comeram de repetir e que me deixou toda feliz:
pesquisei um monte de receita, planejei tudo direitinho, mas como entre a teoria e a prática lá se vão uns 500 metros de distância, pelo menos cá comigo, fiz mesmo foi um bolo muito estranho, cuja receita pedia quatro xícaras de nescau, mas eu coloquei uma só, de cacau, porque o cacau que eu tenho aqui é muito forte, e ainda assim acho que foi demais. iam ainda seis ovos, que eu esqueci de ver se tinha, e por isso foram só três, mas pra compensar eu coloquei castanha do pará e amêndoa, reguei com suco de laranja, fiz uma ganache meia boca pra cobrir, joguei raspinhas de laranja por cima, ai, ai, o cheiro está ótimo, mas de gosto, sei não, e agora que todo mundo já deve estar indo embora, lá vamos nós pro piquenique.  Priscila

Bolo de chocolate. Por Priscila Moreno

1 e 1/2 xícara de farinha com fermento (mas a que eu usei não tinha fermento)
1 e 1/2 xicara de açúcar
4 xícaras de nescau (eu usei uma de cacau)
6 ovos (só usei os três que tinha na geladeira)
200 g de manteiga (usei uns 125 gramas)
1 e 1/2 xícara de leite
Sumo de 1 limão (usei de laranja)
1/2 colher de bicarbonato

Misture os secos, bata os ovos com a manteiga, esquente o leite, coloque o suco do limão, vá juntando tudo. aí coloque as castanhas "da amazônia", as amêndoas e leve ao forno. Depois regue com suco de laranja, cubra com ganache de chocolate e salpique raspinhas de laranja.

25 de outubro de 2011

Pão com caldo de cana


Em Piracaia já descobrirmos um lugar especial para parar antes de voltar para São Paulo. É no apiário C.A (11-9553-2759, email: ca.caixaparaabelha@yahoo.com.br) , que fica no anexo da Casa do Artesão, já na saída da cidade. O simpático casal de apicultores, Alexandre e Rosângela,  vende não só o mel que produz, mas também doces, geleias e queijos provolones da região. E ovos das próprias galinhas caipiras que criam em casa.  Gostamos de parar e tomar um caldo de cana antes de seguir viagem. Neste último sábado, pedimos também pastel de feira, uma delícia. O caldo é tirado na hora com asseio, de uma cana bem limpa. Pode ser com limão ou abacaxi e sempre tem um chorinho. Só acho que merecia um copo de vidro. Eu estava com tanta sede no sábado que me empolguei e comprei um litro para trazer. Mas caldo de cana só é bom na hora. Depois, acaba um pouco a graça, a gente acha muito doce, a sede passou. Como precisava fazer um pão para o piquenique de domingo, resolvi usar o caldo em vez de água para um pão salgado com flocos de centeio e cobertura de castanhas, que era o que eu tinha de diferente em casa. Assim foi feito. A crosta ganhou um dourado bonito e o sabor saiu ligeiramente adocicado, equilibrando o sal. O levain, eu já havia reformado pela manhã. Estava vivo, alegre, espumoso. Sovei a massa à noite e deixei crescendo até o outro dia, quando moldei os pães, deixei crescer mais um pouco e assei por uma hora. Chegaram ao piquenique ainda quentes.  À receita, pois: Antes, algumas dicas. Talvez para maioria dos leitores o mais fácil seja seguir o item 2.  

1. Para o levain (fermento natural): se você já tem um fermento natural, apenas reforme-o algumas horas antes (eu reformo sempre com antecedência de 6 a 12 horas) com mais farinha e água em quantidade suficiente para que fique com consistência de massa de bolo e que tenha quantidade suficiente para você usar 300 g (cerca de 1,5 xícara) e ainda sobrar para a próxima vez que for fazer pão. 

Caso não tenha o levain, faça assim
2. Se você não tem levain: faça uma mistura com 1 envelope de fermento biológico para pão (10 g), 130 g de farinha de trigo branca ou integral (cerca de 1 xícara) e 180 ml de água (3/4 de xícara), lembrando que uso sempre xícara padronizada para cozinha, de 240 ml.  Misture bem - vai ficar com consistência de massa de bolo mais firme. Deixe em repouso durante meia hora e use no lugar do levain. 

3. Se você quer começar a fazer seu próprio fermento: faça seu levain usando a mesma mistura indicado no item 2, sem o fermento biológico. Cubra com filme plástico e espere fermentar - em dois ou três dias, no calor, já estará fermentado. Reforme com mais farinha e água, como indicado no item 1. 


Pão com caldo de cana com flocos de centeio 

300 g (ou 1,5 xícara) de levain reformado ou fermento preparado como indicado no item 2 nas dicas acima 
2 xícaras de caldo de cana 
1 colher (sopa) de sal 
Farinha de trigo (mais ou menos 900 g) 
1 xícara de flocos de centeio 
1/2 xícara de azeite 
1 ovo 
Para cobrir: 2 colheres (sopa) de flocos de centeio e 2 de castanhas-do-pará picadas

Numa bacia, coloque o levain, o caldo de cana, o sal e parte da farinha suficiente para ficar com consistência de massa de bolo bem firme. Misture bem com colher de pau. Junte os flocos de centeio, o azeite e ovo e misture bem. Espere  uns 20 minutos para que os flocos fiquem hidratados. Continue o preparo juntando mais farinha de trigo aos poucos, até ficar difícil de mexer com a colher. Sove com as mãos, juntando farinha sempre que precisar, até a massa ficar homogênea e não grudar mais nas mãos. Cubra a bacia com plástico e deixe a massa crescer até dobrar de volume (se estiver usando levain, pode amassar à noite e deixar crescendo até a manhã seguinte; se escolheu o item 2, fique de olho até que dobre de volume - isto pode levar de 1 a 4 horas, dependendo da temperatura ambiente). Divida a massa em quatro pedaços, modele os pães, molhe a superfície com água ou caldo de cana e role-os sobre os flocos e as castanhas espalhadas numa superfície.  Coloque-os separados em uma assadeira grande untada e enfarinhada. Cubra com pano, espere crescer novamente, faça cortes com lâmina fina (gilete, estilete, bisturi)  e leve para assar em forno pré-aquecido bem quente (300 graus mais ou menos), por cerca de 10 minutos. Diminua a temperatura para 180 graus e asse por mais 50 minutos. 

Rende: 4 pães 

Nota: se quiser, substitua parte da farinha de trigo branca por farinha integral ou de centeio, em até 50%. Você pode também juntar castanhas à massa. 

Passe manteiga e nhac! Em casa ou no piquenique

24 de outubro de 2011

Piquenique de outubro de 2011



Ontem teve tudo para um bom piquenique. Dia lindo, comida gostosa, gente legal e muita, muita criança - foi aniversário de uma delas. Tive que ir embora mais cedo, mas o piquenique só terminou no fim do dia porque teve um quê de pancadaria. Provavelmente a própria protagonista vai contar aqui no blog, mas adianto o que fiquei sabendo da própria Veronika completado pela minha imaginação.

João, já cansadinho, aproveitava o colo da querida mãe que aproveitava o aconchego para olhar para céu de um azul interrompido pela chuva suave de pétalas que se desprendiam da sibipiruna ou árvore qualquer que tenha florezinhas amarelas. Aproveitava para divagar sobre como é boa a vida, como é bom ter amigos, filhos com saúde, um marido que ama e que a ama, como é gostoso passar o dia numa praça com muito verde e canto de pássaros, como são lindas as árvores e como é bom ficar ali sem nada de chato a fazer, só sentindo o sol indo embora. Até que.... até que um lindo galho da linda árvore que soltava lindas florezinhas também se desprendeu lá de cima e plaft na cabeça da Veronika, como quem diz: olhe eu aqui, mulher!

Agora, sabendo que nada de grave aconteceu a não ser o nascimento de um lindo de um galo na cabeça, posso contar rindo. Mas na hora deve ter assustado e doído, ah, deve.

Se todo mundo me mandar receitas, você saberá o que é cada uma das comidas que aparecem nas fotos. Se não, pelo menos do meu pão darei a receita.