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20 de dezembro de 2010

Bolo de fubá fofinho



Bolo de Fubá. De Fabiana Jardim
3 ovos
210 ml de óleo
2 xícaras de açúcar
1 xícara de fubá
1 xícara de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
Erva-doce a gosto
1 xícara de leite quase fervendo
Coloque no copo do liquidificador os ovos, o óleo e o açúcar. Ligue o aparelho e bata bem até a mistura ficar bem lisa. Passe para uma tigela e junte o fubá, a farinha de trigo, o fermento, a erva doce e, por fim, o leite quase fervendo. Misture até a massa ficar homogênea e leve ao forno médio alto por 40 minutos.
Rende: uns 30 pedaços
Notas da Fabiana
Eu não fiz isso no bolo que levei ao piquenique, mas há também a possibilidade de jogar uma calda de coco por cima: misture 1 medida de leite de coco (em geral, 200ml) com 2 vezes a mesma medida de açúcar. Leve ao fogo até ferver e jogue por cima do bolo ainda quente.
Outra opção é jogar alguns pedaços (uns cinco, grandes) de goiabada cascão no bolo. Fica uma delícia!
Use medidas padronizadas: 1 xícara de 240 ml

13 de dezembro de 2010

Pimentões agridoces ao forno

Tinha aqui alguns pimentões orgânicos de três cores e, se tivesse também berinjelas e abobrinhas, teria feito aquela quase caponata. Por isto, saiu uma quase peperonata, feita com os mesmos temperos. Bom para guardar na geladeira e comer sobre saladas de folhas, ou para rechear sanduíches com uma fatia de queijo. Ou simplesmente ser posto sobre uma fatia de torrada ou pão quentinho. Esta, especificamente, serviu para acompanhar o pernil que levei ao piquenique na semana passada.

Pimentões agridoces ao forno

1,3 kg de pimentões de três cores (verde, vermelho e amarelo)

1/2 xícara de uvas passas pretas

1/2 xícara de nozes picadas

1/2 xícara de azeite

1/4 xícara de vinagre

1/2 colher (sopa) de açúcar

1,5 colher (chá) de sal

1/2 colher (sopa) de pimenta vermelha seca (em flocos - usei da pimenta coreana para Kimchi, mas pode ser calabresa, em menor quantidade)

1/2 colher (sopa) de orégano seco

Pique os pimentões em tirinhas finas e coloque-os numa tigela com os temperos. Misture bem e espalhe tudo sobre uma forma grande. Deixe no forno médio por cerca de 2 horas ou até que os pimentões fiquem bem macios. De vez em quando abra o forno e mexa com delicadeza. É só deixar esfriar e guardar na geladeira por até uma semana. Ou levar ao piquenique para comer com pão.

Rendimento: não sei, não pesei nem medi, mas sei que, no piquenique, todo mundo provou.

10 de dezembro de 2010

Pãezinhos para piquenique


Esta mesma postagem está lá no Come-se.
A receita veio de uma velha apostila do curso de confeiteiro do Senac e o resultado, pães macios, foram para o piquenique. Achei que a textura fofinha e o adocicado da massa combinariam com a peperonata que fiz (e depois dou a receita) ou com fatias de pernil assado e compota de frutas - ameixa e damasco. Levei tudo separado para montar sanduíches na hora, pois sabia que crianças iriam querê-los simples, ainda quentes, com manteiga ou queijo cremoso. Se feitos em formato cilíndrico, viram pães para cachorro quente, que é o que a receita da apostila anuncia, aliás. Acho que poderiam ter ficado mais fofinhos se juntasse à massa um ovo. Não usei o melhorador que a fórmula pedia e substituí a gordura vegetal hidrogenada por manteiga. Lá vai a receita, então.

Para comer com pernil, compota de frutas, peperonata...
Pãezinhos para piquenique
1 quilo de farinha de trigo
1 colher (sopa) de sal
1/2 xícara de açúcar (90 g)
3 colheres (sopa) de leite em pó
1,5 colher (sopa) de fermento biológico seco dissolvido em 3 colheres (sopa) de água
Meia xícara de manteiga sem sal (100 g)
600 ml de água
Numa bacia, coloque a farinha de trigo misturada com o sal, o açúcar, o leite em pó. Faça uma cova, coloque aí o fermento diluído e vá juntando a água aos poucos e mexendo até a massa ficar ligada. Junte, então, a manteiga em pedacinhos e comece a sovar com as mãos. Adicione o restante da água aos poucos até formar uma massa homogênea, brilhante, que se solta das mãos. Cubra com plástico, deixe crescer até dobrar de volume e então faça os pãezinhos com 35 ou 40 g cada um (é mais fácil fazer um rolo com a massa, cortar pedaços e moldar bolinhas). Coloque os pãezinho em forma untada e enfarinhada, com espaço entre eles. Deixe crescer novamente e leve ao forno médio para assar por cerca de 30 minutos ou até que fiquem dourados. Não precisa, mas se quiser - e eu quis, pincele ovo batido na superfície dos pãezinhos antes de levar ao forno.
Rende: cerca de 50 unidades
Nota para as variações: não testei, mas da próxima vez vou incluir o ovo (e descontar seu volume reduzindo a água). E também vou começar com toda a água e só então vou juntar a farinha aos poucos. Sei que não é o método mais recomendado pelos padeiros de plantão - para nunca alterar a proporção de farinha em relação aos outros ingredientes, mas eu me sinto mais segura fazendo assim e sempre dá certo. A manteiga vou deixar totalmente para o final, quanto a massa já estiver boa. Vou juntá-la aos pedacinhos e incorporando à massa - assim a gordura fica entremeada à malha de gluten já formada. Vou substituir também o leite em pó pelo correspondente em leite líquido que será descontado da água da receita. E vou deixar os pãezinhos depois de moldados crescerem mais - poderiam ter ficado ainda mais fofinhos se eu não estivesse atrasada para o piquenique. Se você testar alguma mudança antes de mim, me conte.

9 de dezembro de 2010

biscoito de baunilha

(se alguém tiver uma foto dos biscoitos, a gente insere aqui...)

para fazer os biscoitinhos de baunilha, misturei duas receitas que eu gosto muito. uma, é de biscoitos de chocolate, do blogue sabor saudade. a outra, é de biscoitos de baunilha, do livro da escola wilma kövesi, 400 g. misturei as duas e fiz muitos biscoitinhos.
juntei quase duas xícaras de farinha de trigo (200 gramas), meia xícara de açúcar (100 gramas), uma colher de chá de fermento em pó, 100 gramas de manteiga bem molinha, uma pitada de sal. fiz uma farofa. acrescentei uma gema, uma colher de sopa de essência de baunilha e uma colher de sopa de creme de leite. misturei bem. ficou uma massa molenga. fiz um tolete e pus na geladeira por um dia inteiro. na hora de assar, cortei em rodelas e assei em forno baixo, por uns 20 minutos. é importante soltar os biscoitos assim que são tirados do forno, mas é preciso esperar que esfriem antes de mudá-los para um pote. ou podem quebrar. dos meus, muitos quebraram.

8 de dezembro de 2010

Tomates recheados da Veronika


A Veronika confessou que chegou a pensar em mim quando improvisou a receita de tomates. O que a Neide faria com estes tomates? Ah, já sei. E então fez tudo diferente. E, nossa, como estava bom este tomate recheado. Realmente eu jamais teria pensado assim. Teria pensado assado, mas não com recheio de arroz. Talvez cebolas douradas, pão esmigalhado, azeitonas, sei lá. Menos com arroz. Cada um tem um jeito muito próprio de improvisar. O da Veronika eu já estou começando a entender. Bem, a receita ela já deu no post anterior.

Salada de grãos


Esta mesma postagem está também no Come-se.
Para levar ao piquenique, gosto de pensar em pratos substanciosos que possam ser comidos no prato - não sou muito de snaks, sou de comida de prato, de sal, que faça a vez do almoço. Então aproveitei para usar os edamames secos que a Mari Hirata me deu um dia e que estavam a espera de um bom uso. Edamames são grãos de soja verde, deliciosos. Podem ser comprados no bairro da Liberdade ou na Ceagesp - basta aferventar a soja e debulhar os grãos. Os que a Mari trouxe do Japão são verdes, mas desidratados. Basta deixar de molho em água por uns minutos e depois cozinhar em água salgada até que fiquem macios, o que acontece rapidamente. Já o trigo, foi só deixar um quilo de molho em água desde sábado à noite para cozinhar no domingo pela manhã (o tempo de cozinhar 1 xícara é praticamente o mesmo para cozinhar 1 quilo e eu posso guardar os grãos já cozidos em pequenas porções no freezer para outros preparos, como minestras, saladas e combinações com arroz, por exemplo). Cozinhei em panela de pressão, com bastante água, por cerca de meia hora. Escorri a água excedente e usei a porção que queria.
O certo seria ter feito a salada no sábado e deixar pegando gosto até a hora do piquenique, deixando o amendoim para adicionar na hora. Mas não deu porque só pensei nela no sábado à noite. Aliás, amendoim e soja são leguminosas e trigo, cereal e sendo assim formam uma ótima combinação proteica para prato único.
Bem, chega de enrolação e vamos à receita, muito parecida a uma outra
que já dei aqui, agora com algumas modificações que funcionaram bem:

Salada de trigo com amendoim

3 xícaras de trigo cozido
1,5 xícara de grãos de soja verde (edamames) cozidos
2 colheres (sopa) de pimentão vermelho picado em quadradinhos miúdos
2 pimentas dedo-de-moça sem sementes, picadas
1 xícara de uvas-passas pretas hidratadas em água morna por 30 minutos e escorridas

1,5 colher (chá) de sal ou a gosto
1/4 de xícara de azeite de oliva
4 colheres (sopa) de suco de tamarindo ou um pouco de mel misturado com gotas de limão
3 colheres (sopa) de vinagre
1 xícara de amendoim com casca frito num pouco de óleo até ficar crocante e escorrido
1 xícara de salsinha picada
Numa tigela, junte o trigo cozido ainda morno, a soja, o pimentão, as pimentas, a uva-passa, o sal e o azeite misturado previamente com o suco de tamarindo e o vinagre. Misture tudo, cubra e deixe esfriar. Melhor se deixar de um dia para outro na geladeira. Na hora se servir, junte o amendoim e a salsinha e misture. Prove o sal e corrija, se necessário. Pode ser guardada na geladeira por até 3 dias.
Rende: de 10 a 12 porções
Aqui, o outra receita de salada com soja de três cores.

até a chuva estava boa

na sexta, fiz uma massa de biscoitinhos de baunilha para levar na casa de uns amigos que haviam nos convidado para almoçar. na manhã confusa do sábado, lá ficaram esquecidos os tais biscoitinhos na geladeira. lembrei-me deles de tarde e, de noite, quando fui preparar alguma coisa para levar para o piquenique, assei rapidamente os biscoitinhos. mas eram doces. faltava alguma ideia salgada.
bem, os tomates eram muitos, estavam maduros e vermelhos. cortei-os ao meio, tirei as sementes, fiz uma piscina de azeite no fundo da assadeira, ajeitei ali as metades de tomates recheados com uma mistura de abobrinha crua ralada, arroz branco cozido, um pouco de molho de frango com sálvia, um ovo cru. poderia ter colocado farinha de rosca ou parmesão ralado por cima dos tomates recheados, mas não tinha. pus uma alcaparra em cada um, pra ficar bonitinho. e ficou. depois, coloquei-os no forno quente e ali ficaram uns quarenta minutos. o tomate adocicado, o azeite, o recheio úmido.
ficaram gostosos recheando os pãezinhos da neide.
o dia estava tão intenso e luminoso que tudo estava bom por princípio. até a chuva foi gostosa.

não gosto muito desta época do ano por conta do tal espírito natalino. fica tudo caótico, cínico, apressado. mas gosto muito da ideia do natal – de uma criança que nasce num estábulo e nos faz ver o mundo outra vez novo e desde o ponto de vista de quem nada tem. o piquenique tem um quê dessa ideia de natal pra mim: ali, de um encontro despretensioso de pessoas que moram perto e que de alguma maneira têm seus caminhos cruzados, vai se tecendo alguma coisa nova, amorosa. estar na praça, sujeito a nuvens e trovoadas, a céus azuis e sóis, aberto ao amigos e aos amigos dos amigos. o partilhar o que se tem e o que se é. descobrir e revolver a vida. há um delicioso desinteresse em tudo isso. não se vai a um piquenique para... vai-se ao piquenique. ponto.
para os piqueniques perto da nossa casa, o ano já terminou e, sem nos darmos conta, a cada mês forjamos pequenas festas de natal. que os novos ciclos sejam intensos em salgados amargos azedos e doces. aqui em casa, estamos prontos para os sabores do vento.

7 de dezembro de 2010

Piquenique de dezembro de 2010


O dia não poderia começar melhor. Um sol lindo de rachar mamona, calor pra usar bermudas e chinelos e tomar vinho gelado. Acomodamo-nos sob as sombras das árvores e fomos desenrolando toalhas, armando cadeiras, desamarrando panos para expor comidas quentinhas. Os piquiniqueiros de sempre, sempre lá. E os flutuantes representam a surpresa necessária para nos alegrarmos quando eles conseguem ir -"eba, olhe lá, a Chus e o Sérgio vieram!".
Se no piquenique passado a reinação das crianças foi a invasão dos reinos das figueiras, desta vez a farra ficou por conta de um xixizódromo improvisado com cortinas de pano para as meninas - com latinha esvaziada de seu conteúdo ureico misturado a água aos pés de árvores diferentes servindo-lhes de adubo natural. Toda praça deveria ter banheiro e fim de papo. Sorte que moramos perto. Mas e se não morássemos?
E, claro, teve também a turminha da fogueira - quando conseguimos fazer pegar fogo nos gravetos pingos grossos começaram a afundar na areia. Todos correndo para desmontar o cenário, crianças debaixo de toalhas, mães protegendo os filhos sob suas asas, tapando-lhes as cabeças com esteiras, guarda-chuvas e perna pra quem tem que o piquenique acabou.
Bem, espero dar conta de publicar as receitas dos pratos que apareceram por lá e ainda algumas do piquenique de novembro.

30 de novembro de 2010

Batatinhas em conserva do Edu


Subvertendo o ditado, "quem tem Google vai a Roma". Ou ao piquenique. Basta ler a receita das batatinhas do Edu, que estavam fantásticas, para confirmar.
Batatinha em conserva. Por Eduardo Izumino
Não era eu quem ia fazer a batata bolinha. Mas acabou que na correria nos atrasamos e eu me encarreguei. Fiz como todo mundo que tem um problema: fui ao Google e procurei algumas receitas. O processo produtivo básico é o de cozinhar as batatinhas, e elas são 'conservadas' num molho à base de azeite e cebola, além de temperos que, bom, dão o tempero. Diante da escassez de alguns deles, claro, fiz algumas adaptações e pequenas ousadias que deram lá o seu saborzinho. Essa aqui portanto não é uma receita que deve ser seguida de modo rígido, talvez nem ser seguida mesmo, até porque estou reproduzindo de cabeça e talvez eu esqueça uma ou outra coisa. Mas vamos lá.
Tudo dependia da compras do dia anterior: nem sempre se encontra batata bolinha, e nem sempre elas estão com qualidade suficiente. Devem ser bem pequenas, do tamanho de azeitonas graúdas. As que eu achei eram um tanto maiores, mas estavam frescas, lisas, e eram quase todas do mesmo tamanho, o que facilita cozinhá-las de modo uniforme.
Lavei-as, esfregando com uma esponjinha, e coloquei-as para cozinhar: dois quilos de batatinhas numa panela para três litros de volume – não que se usem três litros de água, mas o suficiente para cobri-las. Eu sei que alguns detalhes parecem óbvios para quem tem alguma prática, mas peço alguma clemência comigo. Se puder, use água filtrada, em filtro que retire o gosto de cloro. A água da Sabesp ela jura que é potável, mas o sabor que deixa nos pratos não é agradável. Temperei a água com duas colheres de chá de sal, e aqui começamos a improvisar, com o finzinho do vinagre de maçã que havia em casa, e que provavelmente deu apenas metade dos 200 ml de uma das receitas que eu vi – a única, acho, que mandava cozinhar as batatinhas com vinagre. Nessas horas, e sem poder sair para comprar mais, a gente torce para que seja suficiente. Mas eu não queria, a gente não queria, que as batatinhas ficassem muito azedinhas, pois a ideia era que as crianças gostassem, e até onde eu sei a maioria delas não aprecia comida muito azeda. Pelo mesmo motivo não coloquei pimenta. Poderia ser, por exemplo, uma pimenta calabresa.
Enquanto a batata cozinha, vamos aos temperos. Olho no relógio: as batatinhas devem cozinhar por mais ou menos 20 minutos, e devem estar 'al dente', isto é, cozidas mas ainda firmes, a casca inteira e brilhante. Experimente algumas até achar o ponto, aproveitando para acertar o sal. Normalmente, as receitas pedem uma cebola grande ou duas médias. Eu usei um pouco mais. Não daria muito tempo para as batatinhas curtirem no tempero, então podemos ser mais perdulários com alguns temperos para compensar um pouco. Cortei as cebolas em tirinhas, as mais fininhas que consegui (dividi as cebolas descascadas no sentido do comprimento, fatiei no sentido da largura e separei as tirinhas). Piquei um maço de salsinha, com os talinhos, também nos pedaços mais minúsculos que consegui. Inventei um pouco aqui: uma ponta de colher de chá de orégano, cerca de 5 ou 6 grãos de erva doce – isso mesmo, grãos, uma colher de chá de sal, e aí deveria entrar mais vinagre – que tinha acabado. Vasculhando, achei vinagre de arroz, aquele de temperar o arroz para sushi. Acontece que esse vinagre é seriamente mais forte, mas tem sabor diferente também. Pinguei um pouco, acho que menos que uma colher de sopa. Misturei os temperos, com cuidado. Vi receitas sugerindo tiras de pimentão, azeitonas, dentes de alho inteiros ou amassados, acho que aí cada um faz de acordo com seu gosto.
Arrumei os temperos já num tuperuár com tampa, pronto para o transporte, mas o correto é usar um vidrão com tampa, com capacidade de 3 litros, já esterilizado (fervido por pelo menos 30 minutos), garantia que as batatas vão durar bastante. Joguei as batatinhas bem quentes no tempero, escorridas aos punhados com uma escumadeira, mexendo suavemente, e intercalando com azeite. Usei pelo menos 300 a 400 ml de azeite e um tanto de óleo de girassol. É, acabou o azeite também... Usei parte da água do cozimento, azedinha, para completar até o molho quase cobrir todas as batatinhas.Em pelo menos uma das receitas que vi, se recomendava refogar as batatinhas nos temperos. Noutra, a bater todos os temperos no liquidificador. Eu não fiz nem uma coisa nem outra. Apenas não me pareceu que ia ficar muito bom. Além do mais, as batatinhas e um pouco do caldo do cozimento que eu usei estavam beeem quentes, e continuariam a cozinhar ainda por alguns minutos, assim como as cebolas, que apenas com o calor das batatinhas amolecem e cozinham o suficiente para perder o seu acre, e ficar até meio adocicada. Acabei acrescentando mais quase uma colher de sal, mas eu tentei não salgar demais: os sabores tendem a apurar. Deixa-se tudo descansar até esfriar, semi-coberto, e depois que esfriar pode-se deixar à temperatura ambiente, marinando, curtindo, cerca de dois dias. No fim, com ajuda da erva-doce, não foi necessário corrigir a acidez, ficou um azedinho bem suave. Mas não deu tempo de curtir nem 24 horas até o piquenique. As batatinhas ficaram até bem boas, mas eram sobretudo promessa do que seriam se estivessem bem curtidas.
Da próxima vez, vou usar mais vinagre para cozinhar as batatinhas, mais azeite no molho, e se não houver crianças nem intolerantes, pimentas biquinho e azeitonas. Curtidas pelo menos uma semana, acho que daria um toque picante e colorido e as azeitonas deixariam o sal no ponto - nesse caso, se deveria usar menos sal no molho.



Edu

16 de novembro de 2010

Paleta de porco assada

Acabei de publicar no Come-se, mas deixo aqui também, que o lugar onde realmente precisa estar:
Antes que envelheça, deixo a receita da paleta de porco que levei ao último piquenique. Uma opção menor ao pernil, que cabe nos fornos comuns (aqui, uma paleta que chamei de pernil e ali um pernilzão mesmo) e garantia de sucesso em dias de festa ou jantares em casa para muita gente.
A despeito do longo tempo que demora para ficar pronto, opto por pernil ou paleta sempre que não vou ter tempo de ficar pilotando o fogão de pertinho. Todo o trabalho é feito pelo próprio tempo, o da marinada, e pelo forno que ficará ligado por longas horas. De resto, é fazer um acompanhamento como um purê ou incrementar o molho com ameixas, cebolas, pimentões. E está pronto para ir à mesa fazer bonito.
Como o pernil assado, ou que seja paleta, pede pão francês, pedimos para o Claudio trazer pão quentinho da padaria Dara, que faz o melhor da Lapa. Não sobrou nada.
Não tem muito segredo fazer carne de porco assada em forno lento e eu indico mesmo para quem não tem prática alguma com carnes ou pratos familiares. E anotei tudo o que usei, de modo que ainda que faça modificações a seu gosto, se respeitar o forno lento e o sal, duvido que dê errado.
Como queria levar quentinho para o piquenique que costuma começar lá pelas 11 da manhã, deixei temperada de véspera e embalada em saco plástico bem colado, para que o tempero não ficasse disperso e acordei às 4 da manhã para colocar no forno. Se tivesse acordado às 5, que era a intenção, também teria dado certo, mas a sabichona aqui achou que não precisava de despertador, que acordaria naturalmente no horário escolhido (isto já foi assim, acredite). Acontece que acordei a uma da manhã, depois às duas, às três, às três e meia, três e trinta e nove, três e quarenta e cinco, até que, às quatro, morrendo de sono, resolvi levantar, colocar de vez a paleta no forno e voltar a dormir o sono dos justos sem preocupações. Acordei naturalmente por volta das sete, como de costume, e fui fazer o pão.
Paleta de porco assada
1 paleta de porco de 2,5 kg (comprada fresquinha no box 20, do Mercado da Lapa)
1 colher (sopa) de sal
Suco de 1 limão tahiti
1/2 xícara de água
Ervas que encontrei no jardim, mas poderiam ser outras (3 folhas de sálvia, 1 galhinho de alecrim, 3 folhas de alfavaca, 9 folhas de manjericão, 2 folhas de laranjeira)
1 folha de louro
3 dentes de alho
1 colher (chá) de grãos de coentro
1 colher (chá) de grãos de cominho
1 colher (chá) de pimenta calabresa (mas poderia ser 1 pimenta dedo-de-moça inteira)
1 colher (chá) de pimenta-do-reino
Fure a paleta com a ponta de uma faca. Coloque-a dentro de um saco plástico bem grosso (pode ser conseguido no próprio açougue). Coloque todos os outros ingredientes no liquidificador e bata bem até estar tudo triturado. Despeje o tempero sobre a paleta, revirando o saco várias vezes para o tempero ir entrando nos furos. Feche o saco e passe por todo ele um filme plástico para que não sobre espaço para o tempero se dispersar. No outro dia, passe a paleta para uma assadeira funda, cubra com papel alumínio ou com outra assadeira e leve ao forno bem baixo (no meu forno é o último nível, que marca 180 graus). Deixe lá por cerca de 5 horas ou até que enfiando um espeto de metal na carne até o osso escorra um líquido bem claro e não vermelho. Neste ponto a carne deverá estar bem macia. Deverá restar algum líquido na assadeira. Se não, junte um pouco de água e deixe diluir os resíduos. Deixe destampada no forno mais alto para dourar a superfície. Passe o líquido para uma frigideira e junte cebolas, pimentões, sementinhas de mostarda, ameixas deixadas antes de molho ou o que mais quiser. E nhac! Com batatas assadas, pão francês ou só uma salada de folhas.
Rende
: cerca de 10 porções

11 de novembro de 2010

Bolo de coco fofinho

A Adriana levou o bolo na própria forma de alumínio velhinha, daqueles utensílios que parecem saber de cor a receita do bolo que contém. No final do piquenique, quando a forma foi retirada da toalha, algumas mãos a acompanharam para salvar um último pedaço. Conclusão, não sobrou nada para a família comer no café da manhã de segunda. Mas quem fala do bolo e dá a receita é a própria Adriana, que também publicou no seu blog
Varal de Texto.
Esse era meu segundo bolo preferido da infância. Perdia apenas (é claro!) para o bolo de chocolate, imbatível. Lembro bem do cheirinho de coco pela casa toda, quando o bolo ainda estava assando. E da ansiedade que tínhamos para cortar o primeiro pedaço e devorá-lo, ainda quentinho, tomando cuidado para não queimar a língua com a cobertura. Na fase adulta, inseri essa receita na lista das "comidas que engordam", porque inclui leite condensado nos ingredientes. Reservo, portanto, para ocasiões mais coletivas, para que cada um coma um pouco, sem exagerar. Aprendi a fazer o bolo ainda criança, quando não tinha batedeira em casa. Hoje, recorro ao eletrodoméstico, para acelerar o processo. Vamos à receita:
Bolo de coco. De Adriana Reis
4 ovos
2 colheres (sopa) bem cheias de margarina
2 xícaras de açúcar branco
100 ml de leite de coco
100 ml de leite
3 xícaras de farinha de trigo
1 colher (sopa) rasa de fermento em pó
Cobertura: 1 lata de leite condensado, 100 ml de leite de coco e coco ralado para polvilhar
Separe claras das gemas. Bata as gemas com a margarina até ficar um creme uniforme e esbranquiçado. Acrescente o açúcar e misture bem. Em seguida, coloque o leite e o leite de coco e mexa com cuidado, porque a massa ficará mais líquida. Depois, é a vez da farinha de trigo. Uma xícara por vez, até tornar tudo bem homogêneo. Bata as claras em neve e acrescente à massa, com delicadeza. Por fim, junte o fermento em pó. Asse numa assadeira untada e polvilhda, em forno médio, por uns 25 minutos ou até que a superfície fique levemente dourada.
Enquanto isso, prepare a cobertura: leve ao fogo o leite condensado com o leite de coco até engrossar. Corte o bolo em quadradinhos e jogue o creme. Conclua salpicando o coco ralado.

10 de novembro de 2010

Pão com centeio e frutas secas

Já havia publicado a receita lá no Come-se. Mas, para quem só vem ao Piperca, fica o registro por aqui também. Receita segura para se levar ao piquenique. Usei a mesma fórmula de sempre, que não tem erro, só variando uma coisa ou outra. Para acompanhar o pão que chegará ao piquenique ainda quente, uma lata de uma boa manteiga.
Pão com centeio e frutas secas
1 colher (sopa) de fermento biológico seco - ou 1 envelopinho
3 xícaras de água morna (720 ml)
3 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de sal
1 xícara de farinha de centeio
1/2 xícara de óleo
1 ovo
1 quilo de farinha de trigo
100 g de nozes
100 g de amêndoas cruas
100 g de castanha-do-pará
100 g de uvas passas pretas sem sementes
Numa bacia dissolva o fermento com um pouco da água e o açúcar. Junte o restante da água e o sal. Acrescente a farinha de centeio e mexa bem. Em seguida, coloque o óleo e o ovo e mexa. Junte a farinha de trigo, aos poucos, sovando bem. Passe a massa para uma superfície de trabalho enfarinhada e sove até ficar bem lisa (talvez falte ou sobre um pouco de farinha - é só corrigir). Triture as nozes, amêndoas e castanhas no processador ou na faca até que fiquem do tamanho de metades de ervilhas. Separe meia xícara desta mistura e junte o restante à massa. Junte também as uvas passas pretas. Espiche e enrole a massa várias vezes, com delicadeza, para que as nozes fiquem bem distribuídas. Cubra a massa com plástico e deixe em lugar abafado para crescer. Quando estiver com o dobro do volume, divida a massa em quatro, molde os pães e role cada um deles sobre um pouco das nozes reservadas, espalhadas na superfície de trabalho. Antes, umideça a massa do pão para que a cobertura fique bem aderida. Coloque os pães em assadeira untada e enfarinhada. Cubra com pano e deixe crescer novamente. Leve ao forno bem quente, pré-aquecido, e deixe assar por 10 minutos. Diminua a temperatura do forno para 180 graus e deixe assar por mais 50 minutos ou até que o pão esteja bem dourado.
Rende: 4 pães

Antes de levar ao forno, faça cortes com uma lâmina fina (uso gilete ou estilete)

Nota: este é o jeito que você deve fazer o pão caso não tenha uma máquina de pão - ela é a certeza de que o pão ficará pronto em 3 horas - isto se estiver fazendo calor. Uma hora e meia para amassar e crescer. Mais meia para moldar os pães e deixar crescer mais um pouco. E uma hora para assar. Eu deixo a tampa da máquina aberta e vou juntando os ingredientes na mesma ordem que dei na receita. Mas, de qualquer forma, na bacia ou na máquina, vai dar certo. Como já disse aqui uma vez, amasso na minha máquina esta quantidade de massa por minha conta e risco e vou ajudando com uma espátula na hora de misturar (a capacidade dela é bem menor). Durante mais de 10 anos usei a minha máquina Oster, importada na época, desta forma, pelo menos uma vez por semana. Só há mais ou menos um mês uma peça dela quebrou de vez e não creio que tenha sido pelo trabalho forçado. Não achei Oster por aí e nem sei se ainda existe. E, apesar de haver outras mais caras e aparentemente melhores no mercado, acabei comprando a Cadence que tem a mesma cara da Oster e, pelo design, julguei ter a mesma competência. Acho que acertei, pois a danada trabalha duro como a outra, sem um pio de reclamação.
Mas não recomendo bater nela esta quantidade de massa para depois não vir me dizer que sou responsável pelo estrago de sua máquina. Agora, se quiser tentar - por sua conta e risco, reforço-, recomendo. É claro que a máquina não vai dar conta de assar toda esta massa e você terá que usar apenas o modo "amassar", mas neste tempo todo acho que só assei pão em máquina umas duas vezes e não gostei. O gostoso é botar a mão na massa pelo menos na hora de moldar os pães. Ah, e tem que deixar a tampa da máquina aberta por razões obvias - mais massa que sua capacidade.
Cadence e Oster. Cara de uma ....

9 de novembro de 2010

O suspiro de Veronika


Veronika é daquelas que, como eu, quando está atolada de trabalho vai à cozinha dar um respiro enquanto cozinha. E o resultado de uma destas respiradas de alívio são estes suspiros deliciosos, em perfeita crocância, que ela levou ao penúltimo piquenique e que no entanto não tive tempo de postar. Mas aqui está, antes tarde que nunca, antes que nos atropelem as receitas deste último encontro, que eram tantas. E os suspiros, tão raros, tão poucos. Não sobraram para contar a história ou a receita. Quem conta é a própria autora.
Suspiros. Por Veronika Paulics
Foi só um suspiro, mesmo... já estamos até o pescoço de papeis e tomadas de decisão.
Para cada clara, uma colher de sopa de açúcar. eu uso o açúcar cristal da native. bato no liquidificador para ficar fininho. às vezes guardo com baunilha. fica bom. bata as claras até nevarem e vá acrescentando o açúcar aos poucos e batendo. pode colocar raspas de limão. fica bom. unte e polvilhe uma forma por clara nevada e vá formatando os suspiros com duas colherinhas. quanto menor o suspiro, mais gostoso e assa um pouco mais rápido. coloque no forno no mínimo, se conseguir, deixe o forno um pouco aberto. fica muuuuito tempo assando. vá vendo se estão durinhos. o melhor é experimentar aos poucos. quando estiverem duros, tire, deixe esfriar (é rapido) e guarde rapidinho. num pote bem vedado. ou coma todos de uma vez. beijo. v.

Poesia de domingo

  (clique na tirinha para aumentar)

(porque não temos dúvidas que esses piqueniques são um jeito de ensinar essa lição aos nossos filhos ;-)

Tirinha: Liniers

8 de novembro de 2010

Piquenique de novembro. As comidas

Esta foi a décima segunda vez que fizemos piquenique perto de casa e, não sei se pelo aniversário ou se pelo lindo céu ensolarado, estava particularmente populoso. Jura, um amigo de longa data, veio com a Jane e a menina Helena que se divertiu muito. Vieram os amigos de sempre e os que aparecem de vez em quando. Veronika contou das peripécias para assar os biscoitos. Eu, o fato de ter acordado às 4 da manhã pra colocar o pernil no forno. A Priscila trouxe ingredientes e apetrechos para fazer caipirinha e brindar. Mônica apareceu com um monte de bolinhos enfeitados para comemorar. Claudio reclamou que ele abre um monte de maracujás, separa as polpas para fazer suco e eu digo que o suco é da Fátima (reparado o erro!). Adriana conta do bolo de coco da infância. Fabiana diz que a receita do seu pão era com requeijão, mas fez com kefir. Jerry me dá a receita do cookie delicioso tintim por tintim que fiz questão de gravar - porque depois ele não manda a receita. A batatinha em conserva foi feito pelo Edu embora eu tenha mania de achar que só a parte feminina do casal é quem cozinha. E criança piquiniqueira também bota a mão na massa - Helena fez caprichados sanduíches com pão integral e cenoura. Veronika achou que tinha gelatina demais no seu patê de fígado, mas eu não achei e ninguém achou. A receita dos pãezinhos húngaros da mesma Veronika estava errada, não virou pão, mas ela conseguiu improvisar fundos de tortinhas com recheio de cogumelos bem gostosos.
Então, além de nos deleitarmos no momento piquenique, que piquenique afinal é pra isto, falamos muito de comida e trocamos receitas. Cuidamos de todas as crianças como se fossem todas nossas, nos divertimos com elas, bebemos vinhos, comemos, rimos e trabalhamos antes por puro prazer.
As receitas vêm depois.

Piquenique de novembro. As crianças e a conquista de reinos

Ontem, literalmente as crianças reinaram no piquenique. Eram tantas e estavam tão felizes que pareciam ter se enebriado de sol. Falaram como maritacas, correram como ratinhos brincalhões, plantaram cúrcuma no chão e comeram como gente grande. As cordas levadas por adultos fizeram brinquedos que as divertiram de monte, mas a reinação maior fica sempre a ser descoberta por elas. E assim sondaram todas as figueiras (às vezes chamadas também de seringueiras e pelas crianças, de reinos) da praça, mas dominaram mesmo um só reino, o maior, com grandes salas, armadilhas de folhas secas, escadas de raízes, passagens secretas e seguranças. Um rei não apareceu. Eram todos, eram muitos e a anarquia seguiu animada até o começo da noite. É uma senhora árvore que já deve ter visto muita coisa, mas nada igual a esta galerinha do barulho, como diria a Globo.
As comida, depois.

6 de novembro de 2010

Um lugar comum

No mês passado, estivemos na 8ª edição do Festival Internacional de Cinema Infantil e pegamos uma sessão de premiação dos curtas exibidos. Um deles nos deixou encantados: Um lugar comum, realizado por alunos da UFSCar.

E talvez porque no último piquenique as crianças tenham semeado as mudinhas e brotinhos cultivados carinhosamente pela Neide, talvez porque o piquenique se firmou como descompromisso que já faz parte das nossas vidas a ponto de fazer aniversário, hoje resolvi dividir com vocês a boniteza dessa animação - que, desde o título anuncia o não-ineditismo das situações narradas, e que consegue ser muito delicada, centrando o seu (e o nosso) olhar no espaço em que os encontros se tornam possíveis e os desencontros também. 

A praça ou parque é o lugar comum que participa e testemunha a passagem do tempo, o crescimento das raízes, o ciclo das folhas e das flores... é o cenário onde as vidas se entrecruzam, onde as esperanças nascem, morrem ou são esquecidas.

A constância da visita à praça é o nó que une a trama de diversas vidas - talvez pequenininho e insignificante se olhado no conjunto, mas bastante significativo quando olhado mais de perto. O lugar comum é também um dos fios que torna possível narrar duas ou três vidas, no que têm de mais ordinário, mas também no que têm de lampejo de beleza.


Um lugar comum / A common place from Split Filmes on Vimeo.

5 de novembro de 2010

Bolo de cenoura



Antes que apareçam por aqui as receitas de novembro, uma receita ainda do piquenique de setembro, da Adriana, que já quase ia ficando esquecida não fosse a boquinha manchada de chocolate de sua filha Ana que não me deixou esquecer.
Bolo de cenoura. De Adriana Azevedo
4 ovos
1/4 de xícara de óleo
Cerca de 1/3 de um tabletinho de margarina culinária ou 30 g de manteiga
2 xícaras de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento
2 xícaras de açúcar
Cerca de 400 g de cenouras picadas

No liquidificador bata primeiro os ovos, o óleo e a margarina. Adicione a cenoura e deixe bater até ficar bem triturado. À parte, numa tigela, misture a farinha, o fermento e o açúcar. Despeje o creme do liquidificador e misture bem com uma colher. Coloque em forma untada, leve para assar, cubra com calda de chocolate e leve para o piquenique na forma mesmo.
Rende: uns 30 pedaços
Nota da Adriana: "no bolo que fiz para a Ana levar à escola adicionei também 1 xícara de farelo de aveia e ficou legal - não sobrou uma migalha..."

4 de novembro de 2010

Piquenique perto de casa: Comemoração de 1 ano

Mal dá pra acreditar que nossos encontros já completam 1 ano. Foi no dia 10 de novembro do ano passado, quando esta foto foi tirada, que tudo começou. O post está no Come-se. Então, neste próximo domingo, dia 07, teremos motivos a mais para comemorar. Lembrando que passa a ser fixa agora aquela toalha de desfazeres. Quem tiver algo que queira doar ou trocar, é só levar e colocar sobre a toalha. Só não vale deixar maridos, filhos, sogras.

Panquecas com salada


A Clara só queria saber de comer as panquecas que ela mesma havia montado. Não desprezando as finalizadas pelos pais, Paulo e Kelly, com o maior orgulho ela reconhecia as suas pelo cabo da ervinha. E eram estas que ela escolhia para comer com a maior boca boa. Jeito fácil de fazer criança comer verdura.
Panqueca com salada. Por Paulo Weidebach e Kelly Cruz (e Clara!)
Panqueca
4 ovos
1/2 litro de leite
2 xícaras de farinha de trigo
1 colher (sobremesa) de óleo
Sal a gosto
Salada
O que a sua imaginação mandar: folhas de rúcula baby, pepino e cenoura ralados, erva doce, manga, queijo branco e brotos de alfafa, por exemplo.
Molhos
1. Azeite, mel, mostarda, limão e sal
2. Azeite, limão, sal e hibisco seco
Modo de fazer: bata todos os ingredientes da massa no liquidificador e faça as panquecas em frigideira antiaderente. Recheie, dobre em cone e apoie em copinhos de cachaça. Faça vinagretes com os ingredientes indicados e sirva à parte.

Sanduíche de lombo, guacamole e salada de cenoura

Chegue na hora em que chegar, Fabiana vem sempre com os braços carregados. Desta vez tinha os sanduichinhos, o guacamole e a salada de cenoura com ricota. Tudo assim, simples, sem receita. Ficam aqui as ideias. A salada de cenoura dentro de um pão francês fresquinho teria feito grande sucesso, mas é no outro dia, quando a comida já não é tão farta e só restou a toalha vazia, que vamos lembrando com saudade das comidas boas do piquenique.
Sanduíches. Por Fabiana Jardim: "simples, só coloquei uma colher de chá de maionese, para umedecer, fatias de lombo e fatias de queijo". O outro, de ricota com azeitona: "amassei a ricota, misturei com maionese e azeitona, também para deixar úmido".
A receita do Guacamole, da Fabiana Jardim, está aqui.
Salada de cenoura ralada com ricota e passas. Ingredientes a gosto

28 de outubro de 2010

Brusquetas de abobrinha



É só calcular bem o tempo, para que cheguem ao gramado quentinhas. Esta é a graça. E a Priscila chegou no fim do piquenique quando a toalha já estava sendo desmontada e a comida já estava mexida demais. Aí ela vem cheia de graça com a forma de brusquetas quentíssima. Até abrimos mais um vinho, e devoramos. Veja aí como ela fez:
Brusqueta de abobrinha. De Priscila Moreno

Cortei a abobrinha em fatias e levei pra assar com azeite e sal. Enquanto isso, misturei uns três dentes de alho com um macinho de manjericão picado, coloquei bastante azeite, sal, e queijo Canastra ralado. Também coloquei um pouco de amendoim socado no pilão, nem sei se deu pra perceber. Foi um punhado, mais ou menos. Cortei pães em fatias, coloquei a mistura de manjericão, alho e queijo, e por cima as abobrinhas torradinhas. Levei ao forno de novo, por uns 10 minutos, botei na sacola e saí correndo pro piquenique!

25 de outubro de 2010

Dependurado


Se a lixeira fica pendurada no poste e o Marcos sobe na árvore pra colher pitanga, o João mais que rapidinho deve pensar: também quero. E lá vai a Neide com ele suspenso pra baixo e pra cima.

24 de outubro de 2010

Colheita de pitanga



Receita: Como colher pitanga na praça perto de casa.
1. Procure uma criança que queira colher pitanga. Se ela não alcançar peça a ela que estique bem o corpo.
2. A primeira parte da receita não deu certo? Tudo bem. É receita experimental. Tente começar de novo. Encontre outras crianças dispostas e um tecido. Monte uma "peneira" logo abaixo da árvore e peça ajuda a alguém que queira subir na árvore e balançar os galhos para as pitangas cairem.
3. Ainda não deu certo? A colheita foi muito pequena? Algumas partes da receita funcionaram?


4. Pegue um tecido maior, mais gente, mais crianças e refaça as partes que funcionara: subir na árvore, balançar, ficar logo abaixo da árvore com o tecido...



5. Parece que funcionou. Tem um saco cheio de pitangas...



6. Não vieram só pitangas? Tem intrusos na colheita? Você precisa arrumar um jeito de se livrar deles...
7. Não estava na receita criança nesta etapa mas não foi nada mal.



8. Separar a sujeira das pitangas. Agora valendo.



9. Pronto. Uma cesta de pitangas começa a surgir.

Fotos: Ines Correa

22 de outubro de 2010

Neide e Marcos




Neide e Marcos, um casal animado pra levar em piquenique. A Neide e as crianças, ulala! Ops, Marcos, como o foco eram as pitangas, você ficou sem foco nesta foto. Mas é que você olhou de um jeito tão carinhoso que não dava pra deixar de clicar.
Mas fiz outra, ok?




Fotos: Ines Correa

21 de outubro de 2010

Fotografias do João




As fotografias que o João, filho da Verônika, fez com seu olhar, meu colo e a ajuda de quem foi visto no alvo da câmera.




Fotos: João