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29 de agosto de 2011

Cheesecake de espinafre


A receita deste cheesecake veio da escola do Rodrigo: a quantidade de vezes que o menino, que nem é dado a tanta comilança, repetiu o dito cujo fez com que a Gabi (nutricionista) ficasse impressionada e  me enviasse a receita. Antes mesmo de a receita chegar o Rodrigo já tinha falado um monte do tal cheesecake que comera na escola. E assim foi que o prato virou uma ótima opção para quando a gente tem que fazer uma comida rapidinho ou deixar ajeitado o almoço na véspera: prática, fácil de fazer e saborosa!

Pro piquenique, fiz duas receitas para ficar mais "alto" e mais macio. Como tinha feito na véspera, esquentamos junto com o pão e ambos chegaram quentinhos à praça. Segue, então, a receita:

Cheesecake de espinafre

2 xícaras (chá) de espinafre picado, refogado com temperos a gosto (costumo temperar com sal, alho e umas pitadinhas de noz moscada) e espremido (para não soltar muita água)
3 ovos
100 g de queijo branco
100 g de requeijão
1 cebola picada (eu dividio: refogo metade com o espinafre e coloco só a outra metade na massa)
150 g de ricota
manteiga para untar
farinha para enfarinhar
queijo parmesão ralado para polvilhar

Modo de fazer
Refogue e esprema o espinafre. Reserve.

Passe os outros ingredientes no processador (eu não tenho processador; ponho na tigela e tasco o mixer em cima. O que, aliás, rendeu cenas curiosas no piquenique, pois eu ia lembrando com gestos a receita, para dar à Veronika e, bem..., antes de me lembrar que o mixer chama mixer vocês podem imaginar a cara da Veronika tentando entender porque movimentos eróticos faziam parte do processo :-)

Misture, delicadamente, o espinafre à massa de queijos e despeje sobre a assadeira untada e enfarinhada.

Polvilhe o parmesão e leve ao forno médio, já pré-aquecido. Demora cerca de 20, 25 minutos ou até dourar.

A receita original diz para desenformar. Como aqui sempre fazemos em assadeira de vidro ou cerâmica, pulamos essa parte e - como diz a Neide - nhac! garantimos nosso pedacinho antes que o Rodrigo-monstrinho-do-cheesecake ataque.

24 de agosto de 2011

piqueniques longe de casa

letícia, amiga de velhos tempos, alimenta um blog muito gostoso, o cozinha da matilde. amiga de piqueniques, ela dá ótimas sugestões para os piqueniques longe, bem longe, de casa:

"1- Leve sempre consigo em suas viagens (eu não tiro o meu da bolsa nunca) um canivete com bom corte, pode ser um suiço cheio de salamaleques ou algo mais simples, como o meu, que tem cara de matuto e cabo de madrepérola. É o suficiente para o pic-nic e ainda é legal para experimentar produtos em incursões a mercados.

2- No começo da viagem compre um sal bacanudo e um bom azeite ambos em embalagens pequenas e use-os durante toda a viagem e no fim leve para a sua casa o que sobrou, vira uma coleção interessante, em especial de sal.

Nessa feirinha em Sausalito comprei uma flor de sal com lavanda muito delicada e um azeite extra virgem super aromático de um produtor local.

3- Divida sempre o peso nas mochilas e fique de olho para nao extrapolar na carga (em especial quando for fazer trilhas.

4- Monte a lancheira de acordo com a sua programação para o dia. Para um passeio leve, basta um potinho de nuts, frutas secas ou frescas e uma garrafinha de água. Se for uma passeio longo de dia todo ou uma trilha, aí vale caprichar e acrescentar proteína, carboidratos… mas o importante mesmo é descobrir as delícias dos mercados locais e aproveitar!

5- Leve sempre guardanapos de papel e uma canga ou manta pequena para estender no chão, usar de mesa e depois para dar um bode.

6- Se encontrar alguem vendendo folhas lavadas para consumo direto, compre-as dentro de saquinhos, são perfeitos para temperar, basta espremer limão, sal, azeite e chacoalhar o saquinho para a salada ficar bem temperadinha.

7- Vale o investimento em uma sacolinha térmica pequena e bacana (tem algumas super fashion!), ela vira uma boa companheira de viagem- na falta de uma qualquer mochila segura a onda!

8- Nunca deixe de visitar os mercados locais, saber o que um povo come é o melhor caminho para compreender sua cultura e o mais curto para fazer amigos! Pergunte sempre aos vendedores sobre a procedência dos produtos, peça para experimentar, procure produtos que não conhece. Minha dica é incluir a visita ao mercado na programação matutina, assim você pode comprar ali sua merenda e de lá procurar um parque ou praça nas cercanias para um belo pic-nic.

9- Em qualquer momento da viagem, se encontrar um produto bacana que adoraria experimentar, compre! Guarde-o para um pic-nic ou para o lanchinho do dia seguinte! Já encontramos cada fruta, queijo, enchido passeando pelas ruas que eu me arrependeria loucamente de não ter experimentado! Mas não exagere na quantidade, compre apenas o suficiente para um lanche, outras delícias virão!

10- Produtos que sempre funcionam para pic-nic: embutidos, enchidos, carnes curtidas prontas para consumo, peixes defumados e curtidos, azeitonas, queijos, tomates, folhas verdes, rabanetes, frutas frescas e secas, pães, bolos, nuts, conservas… etc, etc, etc.

11- Terminou o pic-nic, por favor, carregue todo o seu lixo até a lixeira mais próxima (nem que seja a 100 km)!"

18 de agosto de 2011

Biscoitos de gruyere



Veronika contou que se baseou numa receita húngara para chegar a estes biscoitos com cara de pão,  ou o contrário, apresentados no piquenique em lata de bolachas como se fossem delícias de tia. E foi um sucesso. Sorte de quem pôde levar um pouco para casa, como eu.  Não durou até segunda-feira.  


Biscoitos de gruyere. De Veronika Paulics


ingredientes
1 envelope (10 g) de fermento biológico seco 
4 colheres (sopa) de água morna 
600 g de farinha de trigo
3 colheres (sopa) de creme de leite
2 ovos
2 colheres (café) de sal 
200 g de manteiga em temperatura ambiente (ponto de pomada)
200 g de queijo gruyere
1 clara de ovo ligeiramente batida


como preparar
misture o fermento na água morna e espere dissolver. numa tigela, misture a farinha de trigo com o fermento dissolvido, o creme de leite, os ovos, 
o sal e misture bem até a massa ficar bem esmigalhada. Junte, então, a manteiga e sove a massa. separe 50 gramas do queijo para polvilhar os biscoitos e junte o restante à massa. sove bastante até que a massa, bem lisa, comece a formar bolhas. polvilhe a massa com farinha de trigo e cubra com um pano. deixe crescer até ficar bem grande e começar a a rachar (de uma a duas horas, dependendo da temperatura ambiente). abra então a massa numa espessura de mais ou menos um centímetro. faça cortes com uma faca na superfície da massa, em várias direções, passe clara de ovo e cubra por igual com o queijo ralado reservado. depois disso corte em círculos com cortador de biscoitos ou com a borda de um copo. pegue cada bolinho e dê uma ajeitadinha neles, para que fiquem mais estreitos e mais altos. coloque-os em forma untada e enfarinhada, deixando espaço entre eles. leve a assadeira ao forno quente pré-aquecido e espere até que fiquem dourados.

15 de agosto de 2011

Piquenique de agosto

Maracujás doces de Paraibuna

Dia feio o de ontem, que nada. Basta que não chova e todos os dias são lindos para piquenique, ainda que a grama esteja seca, ainda que não haja frutas, ainda que as amendoeiras estejam peladas.  E aquela cobertura cinza até que cai bem a um domingo que se quer longo. Dia dos pais cozinhando ou na fila do restaurante, que nada. Dia dos pais é todo dia e os que ali estavam nem se lembravam disso. De qualquer forma, o data mexeu com os números e éramos poucos, mas animados como sempre. Patrycia e Marcos, amigos do Come-se, vieram de Rio Branco com presentes em farinhas, paçocas e biscoitos de castanha. Priscila, como sempre, acordou tarde e chegou quase no final, de bicicleta, e estendeu seu pano florido. Mas trouxe um bolo de chocolate que todos comeram de repetir. As crianças estavam silenciosas ontem. Também, eram apenas seis que se revesavam em correr, conversar nos bancos ou jogar cartas. Levei um braseiro para fazer tapiocas que foram servidas quentinhas com manteiga ou coco ralado, que criança adora. Mas as brasas serviram ainda para reaquecer as batatas assadas do Edu, que estavam macias e perfumadas, e ainda os quibes e empadinhas, que chegaram depois. E, primeiro o café, depois os chás e, como sempre, terminamos
com vinho para aquecer a tarde que já ia bem mais fria que pela manhã, quando chegamos e encontramos nosso lugar predileto ocupado por outro grupo de piqueniqueiros que não estabeleceu contato mas que nos deixou feliz já que nosso desejo é ver a Praça Zé Roberto e todas as outras invadidas por toalhas xadrezes. As receitas vão chegando aos poucos. Por enquanto, algumas fotos.



8 de agosto de 2011

duas receitas: bolo sem farinha e salada em papel de arroz

antes que venha o próximo piquenique com suas receitas, quero postar ao menos duas ainda do piquenique de julho. a primeira é um bolo sem farinha de trigo, como os das quintas sem trigo da neide, mas mais óbvia.
esse bolo fez parte de um conjunto de receitas que eram as preferidas das crianças da turma de um dos meus filhos. na escola, no começo do semestre, pediram que os familiares enviassem a receita do prato predileto da criança. e tinha de tudo: pão, gelatina, salada de fruta, pão de queijo. e esta, de um bolo sem farinha. fica bom.


bolo sem farinha de trigo

misture uma lata de leite condensado, três ovos, 100 gramas de coco ralado, uma colher de sopa de manteiga e uma colher de sopa de fermento em pó. derrame numa forma untada e polvilhada. leve para assar em forno pré-aquecido por mais ou menos meia hora, ou até ver que as bordas já estão soltando.


rolinhos de papel de arroz

a outra coisa muito boa que levamos em julho é o enroladinho de papel de arroz.
há algum tempo tinha visto na casa de uma amiga uns enroladinhos meio transparentes, com várias coisas picadas como recheio. eram uma espécie de salada, mas não só. o que eu me lembrava é que eram vietnamitas.
um dia desses, andando pela liberdade, comprei as tais folhas de arroz. na véspera do piquenique de julho, pensei em fazer os enroladinhos. como a neide não estava, apelei para o santo google: como fazer rolinhos de papel de arroz? e cheguei num blogue delicioso, com dicas ótimas. não só dizia como fazer, como também mostrava passo a passo. ampliava horizontes, sugeria gostos e consistências. claro que eu não tinha tudo o que se sugeria para colocar dentro, mas tinha uma parte, tinha opções. de curiosa, antes de confiar, dei uma geral para ver de quem era o blogue. e era o blogue da marisa ono, que eu não conheço pessoalmente, mas indiretamente, pela neide. e conheço o famigerado alho negro que a marisa produz em seu sítio.
fui fazer os rolinhos, seguindo o passo a passo da marisa. em vez de macarrão transparente de feijão que a marisa sugeria, usei bifun, que era o que eu tinha em casa, mais alface, manga cortada em tiras, cenoura ralada, umas flores de jambu em uns, manjericão em outros. um pouco de kani em alguns e um pouco de surubim defumado em outros.
feitos os rolinhos, fui fazer o molho. peguei os ingredientes sugeridos e achei tudo muito doido, mas deu certo: missô, pasta de amendoim (daqueles sem açúcar), vinagre, mel, pasta de pimenta, acrescentei um pouco de sal, um pouco de xarope de romã, um pouco de água para chegar numa consistência meio líquida, meio pastosa, meio agridoce, meio picante.
cada rolinho vale por uma salada. como disse o sérgio, uma salada em embalagem comestível. é prático para comer em piquenique, mas precisa de uma vasilha para o molho. sem molho, é um pouco sem graça.