anos em sépia* - a melancholic version from audioluiz on Vimeo.
O amigo Luiz Claudio, do blog Isto me Faz Bem, fez o vídeo com as fotos que choveram no grupo depois do reencontro. Ele mesmo não foi, mas sempre foi assim, generoso, criativo.
Eu tenho a maior resistência aos encontros de turma de faculdade, como jantar de adesão, em que se reserva uma mesona num restaurante mequetrefe qualquer (com preço razoável para que todos tenham condições de pagar) e que, mesmo sem querer reproduzir a atitude juvenil dos tempos universitários, forman-se grupinhos com os que estão sentados ao lado e à frente. Por isto, propus um piquenique.
Tudo começou quando o amigo Paulo Barouckh me encontrou ao acaso através do leitor do Come-se e amigo dele, Daniel Brazil. Logo vieram se somar outros amigos nesta redescoberta. Alguns que eu não via e não vejo há 27 anos! O próprio Luiz, ainda não vi e morro de saudade. Chegou a Graziela Azevedo (muita gente deve recebê-la sempre em casa, já que trabalha como reporter da Globo há anos) e já fomos combinando um encontro pra lembrar dos velhos tempos de faculdade, quando eu ainda estudava jornalismo na PUC, com a barulhenta turma de 1982, bichogrilos, pós-punks, new wave, músicos, poetas, artistas e outros bichos que formavam um bando. O Facebook ajudou a reunir a maioria destes amigos e foi incrível.
Embora eu tenha ficado por lá só um ano e meio, aquela era minha turma e não preciso relatar aqui todas as aventuras que vivemos juntos e as emoções que sentimos neste reencontro. Alguns eu vejo sempre e são presença constante na minha vida até hoje, mas, queridos, são todos.
Só quero dizer, afinal este é um blog de piqueniques, que apesar de alguns probleminhas - apenas dois, na verdade: dificuldade de encontrar o lugar combinado e tempo exíguo por causa do jogo do Brasil na Copa à tarde -, a experiência do piquenique foi um bom ensaio para confirmar minhas suspeitas de que uma toalha xadrez estendida no gramado de num parque espaçoso e ensolarado pode ser mais prazeroso que os jantares de adesão num restaurante ou num bar barulhento. É claro que uma reunião ampla e irrestrita pode derivar para um bar depois, em grupos menores.
Mas o bom do piquenique é que vai quem quer - cachorros, sogras, crianças, agregados; ninguém precisa gritar para ser ouvido - as conversas se dão em rodas com livre movimentação; ninguém se preocupa com que roupa deve ir e, o melhor, ninguém precisa meter a mão no bolso ou dar a desculpa de que não vai por estar durango, afinal, alguns sanduichinhos de mortadela com pão francês montados em casa, além de um suco ou uma garrafa térmica com café ou uma simples cesta de frutas já fazem bonito, pode ter certeza. O importante é partilhar - comidas e emoções.
No nosso caso, cada um se empenhou em levar comidas gostosas, seus talheres e outros utensílios. E no final todo mundo trocou as sobras dos quitutes, além de muitos abraços, beijos, impressões, telefones e a promessa de que o reencontro continua (a julgar pela verve nos emails pós encontro, eu acredito)
Veja aqui mesmo vídeo colorido e musicado com Love is Strange.
Entendo o que vc diz....sempre fico receosa e ao mesmo tempo ansiosa de rever colegas de faculdade ou do primeiro emprego. As vezes é ótimo outras nem tanto.O famoso "sweet and bitter". As redes sociais acabam juntando amigos perdidos de anos atras, como foi meu caso no inicio do ano, quando reencontrei uma amiga de quando cursei a escola primária na Espanha(eu e ela tinhamos nove anos de idade)através do Facebook. Foi emocionante. Os anos passaram mais as afinidades permaneceram. É por essas e outras que sempre acabando valendo a pena!
ResponderExcluirbeijos
Adorei o blog , cheguei aqui por acaso e fui premiada!
ResponderExcluirQuero formar um grupo ... Logo
Conceição