na biblioteca perto de casa, conhecemos a flávia e seu filho. chamaram nossa atenção porque conversavam em português. enquanto as crianças se olhavam um pouco desconfiadas, trocamos e-mails para, quem sabe, outras trocas.
os dias passaram. veio aquele domingo em que houve um piquenique perto de casa e nós participamos – um pouco-pouquinho – pelo skype. (acho que este é o momento da vida em que mais me alegro com as tais novas tecnologias. eu, que não gosto de microondas nem batedeira, me peguei felicíssima por existir um i-phone e um skype para ver as pessoas tão queridas, sentir o clima do piquenique, ver a comida posta na toalha xadrez e sentir saudade.)
então, juntando a vontade de conhecer melhor algumas pessoas que cruzam nosso caminho e a vontade de fazer um piquenique, marcamos com a flávia de nos encontrarmos no domingo, no parque, perto de uma escultura gigante que há ali. avisamos o fernando, avisamos outros conhecidos.
fizemos pão, usando a receita mais simples que sei fazer. em um, acrescentamos sementes de abóbora. no outro, os meninos quiseram colocar morango-passa.
além do pão levamos frutas, manteiga, copos, uma toalha, um suco. o parque fica a três quadras de casa, num caminho de calçadas largas, por onde é fácil deslizar rodas. ventava um pouco, um sol bom. quando chegamos no parque, espalhados pela grama, centenas de pessoas em inúmeros grupos pequenos ou grandes, faziam piqueniques. de aniversário, de reunião sindical, de gente namorando, de famílias, de grupos sem muita identidade, piquenique de gente sozinha. gente nova, gente velha, criança, bebê. todo perfil de gente, nos mais variados jeitos de vestir, vários tipos de comidas, os mais variados brinquedos levados pro parque, livros, bolas. de tudo, de tudo, fazendo a gente não se sentir sozinho. e ao mesmo tempo chamando a atenção pro fato de piquenique parecer uma coisa tão inusitada em são paulo, a ponto de virar matéria de jornal! achamos tudo muito divertido.
e encontramos a flávia e o chico, encontramos o fernando. conversamos, conversamos, conversamos, as crianças brincaram, a gente comeu, e conversou e conversou e conversou. uns descobrindo e conhecendo os outros. e a tarde passou. e os muitos grupos ali, e o sol, e a vida larga na ausência de pressa dos domingos.
um piquenique assim é um abraço bom, é um lugar de conforto na imensidão do mundo. não substitui o delicioso piquenique-perto-de-casa, mas amplia o horizonte, inaugura um piquenique perto de outra casa de um jeito simples, tão simples quanto andar na rua e dizer olá!
receita do pão
ingredientes
10 g de fermento seco para pão
200 gramas de farinha de trigo integral
300 gramas de farinha de trigo branca
uma colher de chá de sal
uma colher de sopa de açúcar
290 ml de água
20 gramas de manteiga em temperatura ambiente
modo de preparar
misture o fermento, o açúcar e as farinhas de trigo, acrescente a água, o sal e, por fim, a manteiga. incorpore bem os ingredientes.
deixe crescer por uma hora num cantinho protegido do vento.
amasse novamente, formate dois pães, envolva-os com farinha de trigo, para não grudarem na forma.
deixe crescer mais uma hora. faça cortes na superfície dos pães e coloque-os em forno bem quente. nos primeiros dez minutos, deixe na temperatura máxima, depois abaixe o fogo para temperatura média e passados mais uns dez ou quinze minutos, verifique se estão bons. para saber se estão bons, dê umas batidas no pão como se bate numa porta. se ouvir um som oco, já estão prontos. se não, espere mais um pouco, teste outra vez.
quando estiverem assados, tire-os da assadeira e coloque-os para esfriar na grade do fogão para que não junte umidade embaixo deles.
senti ciúmes, pronto, falei!
ResponderExcluirneide
Moro no interior de MG, Três Corações. Sigo com olhos extremamente carinhosos este blog e podem acreditar, chega até aqui a sensação maravilhosa que compartilham nesses momentos. Como gostaria de participar de algum!! Grande abraço.
ResponderExcluirjá eu, que sou bem pouco ciumenta, senti mesmo foi saudade. que delícia de domingo espreguiçante! que gostoso ver vocês ensolarados e amplos, em torno da toalha do piquenique. e que máximo ver tantos piqueniqueiros, cada toalha um universo mas todo mundo junto, no mesmo espaço. adorei! um beijo enorme.
ResponderExcluirFeliz piquenique por essas bandas...
ResponderExcluirBeijos
É de esquentar o coração da gente esta tarde, esta crônica...acalenta como pão quentinho! Gostaria de te conhecer...sou a mãe da Flávia e me chamo Mônica. Um beijo
ResponderExcluirai, neide, fica assim, não... sabe que o meu amor segue o mesmo!
ResponderExcluirroseane, o melhor jeito de participar de um piquenique é fazendo um, mesmo que seja a gente sozinho: por si só é um momento bom.
fabi, imagina que o que aparece na foto é só um pedacinho do parque. tinha gente em todo lugar, todo... e o sol tava assim mais pra frio que quente...
déa, que em todas as bandas todos os piques e piqueniques sejam felizes!
monica, um passarinho me contou que nós vamos nos conhecer. beijo.
e eu ainda quero as receitas do piqueniquepertodecasa de março!
Pessoal,
ResponderExcluirEu e meu namorado somos de Goiânia (cidade cheia de parques, mas carente de piquiniqueiros). Gostaríamos muito de saber onde adquiriram a toalha de piquinique impermeável mostrada nesse post: http://piqueniquepertodecasa.blogspot.com.br/2011/05/bolo-de-banana.html
Beijão!
Florença (florems at gmail.com)
Olá Florença! Essa toalha foi comprada na Decathlon. Tem outras estampas também, mas essa é a que tem mais cara de piquenique. Beijos e bons piqueniques por aí. Fabiana.
ResponderExcluir