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18 de julho de 2011

piqueniquinho



piquenique em mês de férias escolares é, em geral, pequenininho. é difícil conciliar agendas. neide foi pro acre e não estaria aqui. fabiana, imaginando que não haveria piquenique em julho, resolveu tirar atrasos na saudade de outros amigos. da inês, não tenho notícia há tanto tempo...
chegamos a pensar em desistir do piquenique de julho. mas um pergunta dali, outro pergunta de lá, me dei conta que os piqueniques fazem muita falta.
fiz uma pequena consulta, imaginando que se houvesse três famílias com agenda conciliada, e uma previsão de sol para domingo, teríamos piquenique. e tivemos.
combinamos às onze. chegamos um pouco atrasados: marcos, chus e sérgio já estavam lá, instalados e num papo gostoso já engrenado. cadeiras, comidas e jornal em fartura. além de um sol bom, de amornar.
logo depois, priscila veio esvoaçando na bicicleta, mônica chegou com meninos. a recomendação, por conta do tempo seco e da temperatura que cai no fim da tarde, era ficarmos até umas três ou quatro. quando pensávamos ir para nossas casas, crianças brincando felizes por todo canto, chegou swami com sua pequena. e cadê vontade de levantar acampamento?
enquanto conversávamos sobre as mudanças na ocupação urbana, sobre as comidas que levamos, sobre nossas mães, nossos filhos, nosso estar no mundo, constatei – e comentei – que o bom dos piqueniques é que participamos deles sem esperar nada. é um espaço de gratuidade e disposição para o que vem, de surpresa. todo piquenique é uma supresa.
de comidas, a maior surpresa foi o melão descascado pelo marcos: ao lado de um abacaxi convencionalmente descascado e fatiado, havia um melão sem casca inteiro! eu nunca tinha visto (e quem não estava lá não verá porque eu estava certa de que tinha fotografado, mas só achei as fotos dos doces, das maçãs e das peras que ele também trouxe e estavam ótimos, mas muito convencionais se comparados ao melão...).




minha outra surpresa é que desta vez consegui comer quantos pedaços eu quis da tortilha da chus e da sua torta salgada maravilhosa. a tortilha não tem receita. na espanha, todo mundo aprende a fazer olhando e fazendo. para nós, será preciso uma aula especial. a da chus é maravilhosa. como é maaravilhosa sua torta salgada. como é maravilhosamente bom seu bolo de fubá. como seu pão de fermento natural, escondido por pequenas joaninhas, fica muito bom com manteiga, com geléia, com tudo. ou com nada. pão com pão e está muito bom.







quando a mônica chegou, suas comidas foram a alegria das crianças: milho cozido e lindos bolinhos confeitados que o filho menor ajudou a preparar. e sua geleia de mixirica à moda da dona olga fez bater o coração dos adultos.



no final da tarde, a chegada de swami provocou revoadas em torno dos picolés. e um silêncio de crianças concentradas, lambuzadas, procurando água para lavar as mãos.
ah, sim, nós levamos rolinhos de papel de arroz com um molho especial (como disse o sérgio, são saladas enroladas em plástico comestível), rabanetes, tortinhas de marzipã com recheio de chocolate, uma espécie de bom bocado e, daqui do nosso quintal, uma pequena colheita de phisalis ou saco de bode (que é o seu nome popular).





enquanto isso, lá no acre, neide reunia seus novos amigos para um piquenique acreano. desta vez, ela fotografou e mandou a foto, com toalha xadrez e tudo:


nos próximos dias, vamos publicando algumas das receitas. pra outras, é só dar uma voltinha a pé pelo piquenique perto de casa, e tudo o que se come lá está.
e que os invernos continuem morninhos para todos nós!

2 comentários:

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