Páginas

20 de dezembro de 2010

Bolo de fubá fofinho



Bolo de Fubá. De Fabiana Jardim
3 ovos
210 ml de óleo
2 xícaras de açúcar
1 xícara de fubá
1 xícara de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
Erva-doce a gosto
1 xícara de leite quase fervendo
Coloque no copo do liquidificador os ovos, o óleo e o açúcar. Ligue o aparelho e bata bem até a mistura ficar bem lisa. Passe para uma tigela e junte o fubá, a farinha de trigo, o fermento, a erva doce e, por fim, o leite quase fervendo. Misture até a massa ficar homogênea e leve ao forno médio alto por 40 minutos.
Rende: uns 30 pedaços
Notas da Fabiana
Eu não fiz isso no bolo que levei ao piquenique, mas há também a possibilidade de jogar uma calda de coco por cima: misture 1 medida de leite de coco (em geral, 200ml) com 2 vezes a mesma medida de açúcar. Leve ao fogo até ferver e jogue por cima do bolo ainda quente.
Outra opção é jogar alguns pedaços (uns cinco, grandes) de goiabada cascão no bolo. Fica uma delícia!
Use medidas padronizadas: 1 xícara de 240 ml

13 de dezembro de 2010

Pimentões agridoces ao forno

Tinha aqui alguns pimentões orgânicos de três cores e, se tivesse também berinjelas e abobrinhas, teria feito aquela quase caponata. Por isto, saiu uma quase peperonata, feita com os mesmos temperos. Bom para guardar na geladeira e comer sobre saladas de folhas, ou para rechear sanduíches com uma fatia de queijo. Ou simplesmente ser posto sobre uma fatia de torrada ou pão quentinho. Esta, especificamente, serviu para acompanhar o pernil que levei ao piquenique na semana passada.

Pimentões agridoces ao forno

1,3 kg de pimentões de três cores (verde, vermelho e amarelo)

1/2 xícara de uvas passas pretas

1/2 xícara de nozes picadas

1/2 xícara de azeite

1/4 xícara de vinagre

1/2 colher (sopa) de açúcar

1,5 colher (chá) de sal

1/2 colher (sopa) de pimenta vermelha seca (em flocos - usei da pimenta coreana para Kimchi, mas pode ser calabresa, em menor quantidade)

1/2 colher (sopa) de orégano seco

Pique os pimentões em tirinhas finas e coloque-os numa tigela com os temperos. Misture bem e espalhe tudo sobre uma forma grande. Deixe no forno médio por cerca de 2 horas ou até que os pimentões fiquem bem macios. De vez em quando abra o forno e mexa com delicadeza. É só deixar esfriar e guardar na geladeira por até uma semana. Ou levar ao piquenique para comer com pão.

Rendimento: não sei, não pesei nem medi, mas sei que, no piquenique, todo mundo provou.

10 de dezembro de 2010

Pãezinhos para piquenique


Esta mesma postagem está lá no Come-se.
A receita veio de uma velha apostila do curso de confeiteiro do Senac e o resultado, pães macios, foram para o piquenique. Achei que a textura fofinha e o adocicado da massa combinariam com a peperonata que fiz (e depois dou a receita) ou com fatias de pernil assado e compota de frutas - ameixa e damasco. Levei tudo separado para montar sanduíches na hora, pois sabia que crianças iriam querê-los simples, ainda quentes, com manteiga ou queijo cremoso. Se feitos em formato cilíndrico, viram pães para cachorro quente, que é o que a receita da apostila anuncia, aliás. Acho que poderiam ter ficado mais fofinhos se juntasse à massa um ovo. Não usei o melhorador que a fórmula pedia e substituí a gordura vegetal hidrogenada por manteiga. Lá vai a receita, então.

Para comer com pernil, compota de frutas, peperonata...
Pãezinhos para piquenique
1 quilo de farinha de trigo
1 colher (sopa) de sal
1/2 xícara de açúcar (90 g)
3 colheres (sopa) de leite em pó
1,5 colher (sopa) de fermento biológico seco dissolvido em 3 colheres (sopa) de água
Meia xícara de manteiga sem sal (100 g)
600 ml de água
Numa bacia, coloque a farinha de trigo misturada com o sal, o açúcar, o leite em pó. Faça uma cova, coloque aí o fermento diluído e vá juntando a água aos poucos e mexendo até a massa ficar ligada. Junte, então, a manteiga em pedacinhos e comece a sovar com as mãos. Adicione o restante da água aos poucos até formar uma massa homogênea, brilhante, que se solta das mãos. Cubra com plástico, deixe crescer até dobrar de volume e então faça os pãezinhos com 35 ou 40 g cada um (é mais fácil fazer um rolo com a massa, cortar pedaços e moldar bolinhas). Coloque os pãezinho em forma untada e enfarinhada, com espaço entre eles. Deixe crescer novamente e leve ao forno médio para assar por cerca de 30 minutos ou até que fiquem dourados. Não precisa, mas se quiser - e eu quis, pincele ovo batido na superfície dos pãezinhos antes de levar ao forno.
Rende: cerca de 50 unidades
Nota para as variações: não testei, mas da próxima vez vou incluir o ovo (e descontar seu volume reduzindo a água). E também vou começar com toda a água e só então vou juntar a farinha aos poucos. Sei que não é o método mais recomendado pelos padeiros de plantão - para nunca alterar a proporção de farinha em relação aos outros ingredientes, mas eu me sinto mais segura fazendo assim e sempre dá certo. A manteiga vou deixar totalmente para o final, quanto a massa já estiver boa. Vou juntá-la aos pedacinhos e incorporando à massa - assim a gordura fica entremeada à malha de gluten já formada. Vou substituir também o leite em pó pelo correspondente em leite líquido que será descontado da água da receita. E vou deixar os pãezinhos depois de moldados crescerem mais - poderiam ter ficado ainda mais fofinhos se eu não estivesse atrasada para o piquenique. Se você testar alguma mudança antes de mim, me conte.

9 de dezembro de 2010

biscoito de baunilha

(se alguém tiver uma foto dos biscoitos, a gente insere aqui...)

para fazer os biscoitinhos de baunilha, misturei duas receitas que eu gosto muito. uma, é de biscoitos de chocolate, do blogue sabor saudade. a outra, é de biscoitos de baunilha, do livro da escola wilma kövesi, 400 g. misturei as duas e fiz muitos biscoitinhos.
juntei quase duas xícaras de farinha de trigo (200 gramas), meia xícara de açúcar (100 gramas), uma colher de chá de fermento em pó, 100 gramas de manteiga bem molinha, uma pitada de sal. fiz uma farofa. acrescentei uma gema, uma colher de sopa de essência de baunilha e uma colher de sopa de creme de leite. misturei bem. ficou uma massa molenga. fiz um tolete e pus na geladeira por um dia inteiro. na hora de assar, cortei em rodelas e assei em forno baixo, por uns 20 minutos. é importante soltar os biscoitos assim que são tirados do forno, mas é preciso esperar que esfriem antes de mudá-los para um pote. ou podem quebrar. dos meus, muitos quebraram.

8 de dezembro de 2010

Tomates recheados da Veronika


A Veronika confessou que chegou a pensar em mim quando improvisou a receita de tomates. O que a Neide faria com estes tomates? Ah, já sei. E então fez tudo diferente. E, nossa, como estava bom este tomate recheado. Realmente eu jamais teria pensado assim. Teria pensado assado, mas não com recheio de arroz. Talvez cebolas douradas, pão esmigalhado, azeitonas, sei lá. Menos com arroz. Cada um tem um jeito muito próprio de improvisar. O da Veronika eu já estou começando a entender. Bem, a receita ela já deu no post anterior.

Salada de grãos


Esta mesma postagem está também no Come-se.
Para levar ao piquenique, gosto de pensar em pratos substanciosos que possam ser comidos no prato - não sou muito de snaks, sou de comida de prato, de sal, que faça a vez do almoço. Então aproveitei para usar os edamames secos que a Mari Hirata me deu um dia e que estavam a espera de um bom uso. Edamames são grãos de soja verde, deliciosos. Podem ser comprados no bairro da Liberdade ou na Ceagesp - basta aferventar a soja e debulhar os grãos. Os que a Mari trouxe do Japão são verdes, mas desidratados. Basta deixar de molho em água por uns minutos e depois cozinhar em água salgada até que fiquem macios, o que acontece rapidamente. Já o trigo, foi só deixar um quilo de molho em água desde sábado à noite para cozinhar no domingo pela manhã (o tempo de cozinhar 1 xícara é praticamente o mesmo para cozinhar 1 quilo e eu posso guardar os grãos já cozidos em pequenas porções no freezer para outros preparos, como minestras, saladas e combinações com arroz, por exemplo). Cozinhei em panela de pressão, com bastante água, por cerca de meia hora. Escorri a água excedente e usei a porção que queria.
O certo seria ter feito a salada no sábado e deixar pegando gosto até a hora do piquenique, deixando o amendoim para adicionar na hora. Mas não deu porque só pensei nela no sábado à noite. Aliás, amendoim e soja são leguminosas e trigo, cereal e sendo assim formam uma ótima combinação proteica para prato único.
Bem, chega de enrolação e vamos à receita, muito parecida a uma outra
que já dei aqui, agora com algumas modificações que funcionaram bem:

Salada de trigo com amendoim

3 xícaras de trigo cozido
1,5 xícara de grãos de soja verde (edamames) cozidos
2 colheres (sopa) de pimentão vermelho picado em quadradinhos miúdos
2 pimentas dedo-de-moça sem sementes, picadas
1 xícara de uvas-passas pretas hidratadas em água morna por 30 minutos e escorridas

1,5 colher (chá) de sal ou a gosto
1/4 de xícara de azeite de oliva
4 colheres (sopa) de suco de tamarindo ou um pouco de mel misturado com gotas de limão
3 colheres (sopa) de vinagre
1 xícara de amendoim com casca frito num pouco de óleo até ficar crocante e escorrido
1 xícara de salsinha picada
Numa tigela, junte o trigo cozido ainda morno, a soja, o pimentão, as pimentas, a uva-passa, o sal e o azeite misturado previamente com o suco de tamarindo e o vinagre. Misture tudo, cubra e deixe esfriar. Melhor se deixar de um dia para outro na geladeira. Na hora se servir, junte o amendoim e a salsinha e misture. Prove o sal e corrija, se necessário. Pode ser guardada na geladeira por até 3 dias.
Rende: de 10 a 12 porções
Aqui, o outra receita de salada com soja de três cores.

até a chuva estava boa

na sexta, fiz uma massa de biscoitinhos de baunilha para levar na casa de uns amigos que haviam nos convidado para almoçar. na manhã confusa do sábado, lá ficaram esquecidos os tais biscoitinhos na geladeira. lembrei-me deles de tarde e, de noite, quando fui preparar alguma coisa para levar para o piquenique, assei rapidamente os biscoitinhos. mas eram doces. faltava alguma ideia salgada.
bem, os tomates eram muitos, estavam maduros e vermelhos. cortei-os ao meio, tirei as sementes, fiz uma piscina de azeite no fundo da assadeira, ajeitei ali as metades de tomates recheados com uma mistura de abobrinha crua ralada, arroz branco cozido, um pouco de molho de frango com sálvia, um ovo cru. poderia ter colocado farinha de rosca ou parmesão ralado por cima dos tomates recheados, mas não tinha. pus uma alcaparra em cada um, pra ficar bonitinho. e ficou. depois, coloquei-os no forno quente e ali ficaram uns quarenta minutos. o tomate adocicado, o azeite, o recheio úmido.
ficaram gostosos recheando os pãezinhos da neide.
o dia estava tão intenso e luminoso que tudo estava bom por princípio. até a chuva foi gostosa.

não gosto muito desta época do ano por conta do tal espírito natalino. fica tudo caótico, cínico, apressado. mas gosto muito da ideia do natal – de uma criança que nasce num estábulo e nos faz ver o mundo outra vez novo e desde o ponto de vista de quem nada tem. o piquenique tem um quê dessa ideia de natal pra mim: ali, de um encontro despretensioso de pessoas que moram perto e que de alguma maneira têm seus caminhos cruzados, vai se tecendo alguma coisa nova, amorosa. estar na praça, sujeito a nuvens e trovoadas, a céus azuis e sóis, aberto ao amigos e aos amigos dos amigos. o partilhar o que se tem e o que se é. descobrir e revolver a vida. há um delicioso desinteresse em tudo isso. não se vai a um piquenique para... vai-se ao piquenique. ponto.
para os piqueniques perto da nossa casa, o ano já terminou e, sem nos darmos conta, a cada mês forjamos pequenas festas de natal. que os novos ciclos sejam intensos em salgados amargos azedos e doces. aqui em casa, estamos prontos para os sabores do vento.

7 de dezembro de 2010

Piquenique de dezembro de 2010


O dia não poderia começar melhor. Um sol lindo de rachar mamona, calor pra usar bermudas e chinelos e tomar vinho gelado. Acomodamo-nos sob as sombras das árvores e fomos desenrolando toalhas, armando cadeiras, desamarrando panos para expor comidas quentinhas. Os piquiniqueiros de sempre, sempre lá. E os flutuantes representam a surpresa necessária para nos alegrarmos quando eles conseguem ir -"eba, olhe lá, a Chus e o Sérgio vieram!".
Se no piquenique passado a reinação das crianças foi a invasão dos reinos das figueiras, desta vez a farra ficou por conta de um xixizódromo improvisado com cortinas de pano para as meninas - com latinha esvaziada de seu conteúdo ureico misturado a água aos pés de árvores diferentes servindo-lhes de adubo natural. Toda praça deveria ter banheiro e fim de papo. Sorte que moramos perto. Mas e se não morássemos?
E, claro, teve também a turminha da fogueira - quando conseguimos fazer pegar fogo nos gravetos pingos grossos começaram a afundar na areia. Todos correndo para desmontar o cenário, crianças debaixo de toalhas, mães protegendo os filhos sob suas asas, tapando-lhes as cabeças com esteiras, guarda-chuvas e perna pra quem tem que o piquenique acabou.
Bem, espero dar conta de publicar as receitas dos pratos que apareceram por lá e ainda algumas do piquenique de novembro.